segunda-feira, 26 de março de 2012

Falando de Umbanda...

Nossa alma imortal

Escrito por Eliana Cristina Ferreira Janjacomo
(Publicado em 28/11/2011)
Nossa alma imortal
Olá, Amigos e Visitantes do nosso Falando de Umbanda!

Hoje vamos abordar um assunto muitas vezes ignorado, seja por sua dor, seja por negação, seja por medo.

O que é a morte e o que ela representa? Para aonde vamos? Será a morte do corpo físico o fim de tudo? Essas questões são geralmente as mais comuns.

Há também o lado sentimental. Com máxima certeza, por mais espiritualizados que possamos ser, não estamos, e acho que jamais estaremos, preparados para a aceitação da Morte.

Escrevi 'morte' com letra maiúscula para dar destaque a essa palavra e toda sua carga emocional, filosófica e religiosa.

A Umbanda é uma religião espírita, afinal lidamos o tempo todo com os sagrados orixás e as entidades.

Sendo assim, me peguei diversas vezes pensando sobre o que de fato é a morte. Creio que, na verdade, a morte não existe, pois somos seres imortais tendo uma experência na carne.

Essa é a sabedoria que venho recebendo das entidades.

Sim. Parece simples defini-la. O problema é aceitarmos quem somos na essência e o porquê de estarmos aqui.

A morte é certa para todos nós. Para alguns chega mais cedo, para outros, mais tarde. Alguns fazem sua passagem de forma tranquila, praticamente abençoada. Outros porém, são arrebatados de forma brutal, às vezes traumática ou torturante.

Vamos pensar em nossas várias encarnações como papéis que assumimos ao longo de nossa jornada espiritual. Logo, temos apenas uma chance de sermos quem somos nesta vida em específico. Por isso é importante conquistarmos e acumularmos conhecimentos diversos (e aqui não me refiro a títulos universitários, mas sim a conhecimentos que levaremos conosco para todo o sempre, tais como espiritualidade, mediunidade, natureza, arte, sentimentos e tantos outros), pois mais cedo ou mais tarde eles poderão ser acionados por nossa alma imortal.

A morte de um ente querido traz sempre uma dor profunda e uma saudade que nem sempre passa. Mas nada como o tempo para trazer conforto e esperança de dias melhores...

Por sorte tive pouca experiência em relação à perda de entes queridos, mas já vi o suficiente para afirmar que não podemos predizer ou julgar a reação das pessoas que ficam, pois aquelas que pensei que partiriam em breve, a vida as ofertou um novo prisma, um novo amor, uma nova filosofia para entender e viver a Vida.

Às vezes perdemos tanto tempo com situações insignificantes e com pessoas que só nos puxam pra baixo, que esquecemos de nos dedicar a compreender o verdadeiro sentido da Vida, a enxergarmos o que e quem está a nossa volta.

Quantas vezes passamos anos e anos juntando bens materiais e nos esquecemos que tais bens não irão conosco para o caixão, que em nossas casas há filhos, esposas, maridos e outros parentes esperando e precisando de nós.

Quanto tempo perdemos cultivando nossa vaidade, julgando os outros e cobiçando a vida do próximo...

A Vida é muito mais do que temos condições de avaliar. Existe a magia dos elementais, existe a influência do mundo espiritual, existem mediunidades, existem religiões, filosofias e culturas diferentes daquelas que estamos acostumados.

Há povos que comemoram a morte de seus entes queridos porque entendem que eles já cumpriram sua jornada nesta Terra.

No México cultua-se a Santa Morte (Santa Muerte) – uma santa muito respeitada e amada, que tem o poder de trazer proteção e solução a problemas difícieis.

Em nossa querida Umbanda temos o orixá Omulú – Senhor das Passagens entre as diversas dimensões da Vida. E justamente por isso, é a esse orixá que devemos clamar e pedir a proteção aos nossos entes queridos no momento da partida.

O fato é que cumprimos um ciclo natural: nascemos, crescemos e morremos. Isso é imutável.

Charlatanismo Religioso

Charlatanismo Religioso

Escrito por Cristiano Janjacomo
fonte:www.tendadopaibenedito.com.br
Charlatanismo Religioso
Meu sarava fraterno a você, pessoa séria e comprometida com sua religião, não importando qual seja ela. Você que vem buscar um pouquinho de conhecimento/esclarecimento em nosso portal, para aplicar em prol da Caridade, fazendo sua parte para ajudar a melhorar o mundo em que vivemos. Você que tem a verdadeira FÉ em seu coração.

Para abrir com chave de ouro nosso Falando de Umbanda de 2012, eu quero abordar um assunto que, como filho de Oxalá, me perturba muito: charlatanismo!

Primeiramente vamos ao dicionário até porque, ele tem uma definição curta, mas extremamente objetiva e que resumirá tudo o que tenho para escrever neste post:

Charlatão: Pessoa que explora a boa-fé de alguém para com isso obter ganho ou vantagens (dinheiro, prestígio), ger. fingindo ou aparentando ter qualidades ou habilidades que na verdade não possui; IMPOSTOR; EMBUSTEIRO; TRAPACEIRO.

Nem seria necessário falar mais nada, mas embora pareça algo obvio é impressionante a quantidade de pessoas que são enganadas pelos charlatões.

É bom lembrar que existem charlatões em todas as religiões: padres, pastores, pais e mães de santo e por aí vai. Mas vamos nos prendar nos exemplos dentro da Umbanda.

Alguns dias atrás eu recebi um e-mail aqui pelo nosso portal, onde a pessoa relatou que foi a um centro de “Umbanda” e que o vulgo pai de santo disse que ela estava sendo perturbada por espíritos de uma vida passada. Claro que ele se dispôs a ajudar essa pessoa, mas ele precisaria de R$ 3.500,00 para que fosse possível se deslocar até Salvador (BA) e lá, oferendar 77 barquinhos para Iemanjá a fim de livrar essa pessoa do mal que lhe acometia.

Fui curto e grosso em minha resposta para essa pessoa: isso se chama CHARLATANISMO, não pague, não acredite e nem mesmo volte lá. Básico!

É por este motivo que o nosso Falando de Umbanda existe. Estamos aqui exatamente para mostrar para as pessoas de dentro e fora de nossa religião, o que é a Umbanda, sua filosofia, sua base e sua real finalidade. Por isso eu sempre bato na tecla de que o médium TEM que estudar e conhecer a religião que pratica, desmistificando dogmas antigos e percebendo os rumos que a Umbanda vem tomando com o passar do tempo.

Já o charlatão (ou charlatã) sempre vai se aproveitar de um momento de fragilidade em que a pessoa vai buscar ajuda e aplica seu golpe mesquinho, através de um grande teatro e frases prontas – apenas adicionando à elas coisas de sua particularidade que sem que você perceba, ela já conseguiu obter de sua própria fala. Seja por medo, desconhecimento ou até mesmo pelo fácil favorecimento prometido pelo malandro (a), você acaba pagando valores absurdos por algo que nunca será realizado ou para piorar, que nem mesmo teria que ser feito.

Quem nunca via um cartaz no poste, um outdoor, um blog ou site onde o golpista oferece seus serviços? Hoje me dia, pasme, combinam online os valores pelo “atendimento”. Tudo muito bem montado, com fotos que realmente a primeira vista, parecem mostrar uma identidade segura e condizente com o que você procura. Mas lembre-se: os olhos geralmente veem aquilo que você quer que eles vejam e não necessariamente o que é na verdade.

Eu já me peguei pensando diversas vezes o que move uma pessoa a usar de má fé para enganar seus semelhantes. E não estou falando apenas em enganar as pessoas para ter ganhos ilícitos, mas aqui eu enquadro também as pessoas que fingem estar incorporadas ou fingem ter algum dom ou preparo que absolutamente não tem.

Será que essa criatura não percebe o quanto isso é perigoso pois pode, facilmente, causar estragos gigantescos na cabeça da uma pessoas, na estrutura de uma família e até mesmos consequências ainda mais graves. Será que esse(a) picareta não tem um pingo de discernimento para perceberem que com a fé alheia não se brinca? Será que essa pessoa que utiliza de forma completamente errada a fé, sabe o que a aguarda lá do outro lado? Ou será que pensa que sairá ilesa de punição no astral por ter enganado, roubado e agido de má fé com seus semelhantes?

Já aproveito para deixar aqui esta pergunta e gostaria muito de sua participação em nosso Post: para você, o que pensa um(a) charlatão(ã)???

Para nós que lutamos pela Umbanda, honramos e amamos a Umbanda, o charlatanismo é algo inaceitável. Para mim, em particular, o charlatanismo é uma doença dentro de qualquer religião e deve ser combatido. E quem nunca conheceu um charlatão que levante a mão!

Se você está procurando ajuda, a Umbanda está de braços abertos para ajudar no que for possível, sem lhe cobrar nada em troca – nem mesmo sua conversão religiosa (e isso eu já disse em posts anteriores). Então, se você entrar em um terreiro e vierem com uma conversa de lhe ajudar, mas para isso será necessário que você pague um determinado valor, saiba que ali – definitivamente – não é pratica a Umbanda e já lhe deixo minha sugestão: corra e não volte lá nunca mais!

Não acredite em favorecimento fácil. Não acredite que alguém seja capaz de lhe trazer o que ou quem foi perdido. Grave isto que vou passar agora e você não correrá qualquer risco: A UMBANDA NÃO COBRA POR TRABALHOS, NÃO LHE TRARÁ DE VOLTA A PESSOA QUE FOI EMBORA E NÃO LHE ENRIQUECERÁ. Aprenda que tudo nesta vida é conquistado por merecimento, pois nem tudo o dinheiro é capaz de comprar.

Aos charlatões e charlatãs de plantão, desejo sinceramente que Oiá-Tempo zele por vocês, dia e noite, absorvendo toda essa falsa fé para que Oxalá possa – finalmente – entrar em seu coração e mostrar que mais vale prestar a caridade do que enganar as pessoas. Que nossa Mãe Obá, descarregue todo esse péssimo conhecimento errôneo que você aprendeu. Ainda há tempo de mudar. Pense nisso!

Lembro de uma frase que me marcou bastante do livro “O Guardião da Meia Noite” de Rubens Saraceni: “Exu não pune um inocente, mas também não perdoa um culpado”.

Agradeço pelas mensagens que temos recebido de nossos amigos facebookianos e àqueles que nos mandam e-mails e participam de nossos posts. Ficamos verdadeiramente lisonjeados pelas palavras motivadoras e são vocês que nos movem a continuar este projeto de divulgação e esclarecimento de nossa amada Umbanda. Muito obrigado mesmo!

Que nosso Pai criador de tudo e de todos, Sua justiça divina e Sua lei maior, juntamente com nossos Pais e Mães Orixás nos abençoe hoje e sempre, iluminando nossa caminhada e afastando de nós e de nossas Casas os golpistas, charlatãs e charlatões.

Que assim seja e assim será!
Obs.: Este texto poderá ser divulgado livremente, desde que mantida a citação de fonte (www.tendadopaibenedito.com.br) e autoria (Escrito por Cristiano Janjacomo). Respeite os direitos autorais!

Velas


Para agilizar os resultados de um pedido é preciso observar as cores das velas, a fase da lua e a hora em que deverão ser acesas. A unção das velas deve ser rigorosamente observada: Com os dedos polegar e médio e usando um óleo que seja compatível com a magia desejada, unte a vela do pavio para a base quando desejar trazer algo. Para afastar algo o processo de unção deve começar da base e subir ao topo ou pavio da vela, enquanto se mentaliza o desejo.

Na Magia, as velas são usadas para aumentar o poder de um encantamento ou para influenciar um poder em particular. Elas simbolizam a transformação da vontade em energia, elevando-a ao plano astral. Você pode notar que enquanto a vela é consumida, ela vai desaparecendo, evaporando-se.

As velas são por vezes usadas juntamente com ervas e outros auxiliares dos encantamentos, todos apontando para um objetivo em comum. Escolha a vela que corresponde ao seu objetivo e com seu athame grave nela os seus desejos. Para isso você pode usar siglas, símbolos, abreviações e tudo mais que lhe convém. Depois, use um óleo apropriado para ungir vela, que pode ser o "Óleo Sagrado" ou qualquer óleo que tenha o objetivo em comum com o do encantamento. Não unte o pavio da vela.

Para untar uma vela, espalhe um pouco do óleo na sua mão de poder (a mão que mais usa) e esfregue a vela com movimentos circulares ou em espiral. Se desejar que alguma coisa venha até si, esfregue a vela da ponta para a base. Se desejar remover algo, esfregue da base para a ponta. Role a vela sobre as ervas correspondentes e coloque-a finalmente no castiçal. Suspenda as mãos dos lados da vela e mentalmente envie seus pensamentos para ela. Depois, acenda a vela dizendo: "Vela de poder, vela de força, cria os meus desejos aqui nesta noite. Poder, flui do fogo desta vela. Traz-me o desejo do meu coração. As minhas palavras têm força, a vitória está ganha. Assim digo, Assim seja! Este encantamento está feito. "A vela não deve ser apagada. Ela deve arder até o fim. É normal que ela evapore totalmente, mas caso haja vestígios da vela, retire-os com o athame cuidadosamente e jogue-os em água corrente ou em um jardim. As cores das velas e seus significados:


É a mistura de todas as cores; Alinhamento espiritual, limpeza, saúde, verdade, poder, pureza grandes realizações na vida, totalidade; Usada em rituais que envolvam a energia lunar. Paz de espírito, pureza, sinceridade. Uso geral para agradecimento e meditação - Lua.


Intelecto, criatividade, unidade, trazendo o poder da concentração e da imaginação para o ritual; use em rituais onde você deseja obter dos outros uma confidencia ou persuadir alguém. Simboliza também a energia solar. Ação, atração, inspiração e mudanças súbitas. Alegria, entusiasmo, estudo, novos emprendimentos, dinheiro.


(Dourada) Ativa a compreensão e atrai as influências dos poderes cósmicos; beneficia rituais para atrair dinheiro ou sorte rápida. Simboliza também a energia solar. Poderes divinos masculinos.


Favorece o romance, a amizade; é uma cor usada em rituais para desenvolver sentimentos afetuosos; cor da feminilidade, honra, serviço, e favorece o diálogo em mesas de refeição familiar. Despertar espiritual, cura de espírito e comunhão. Relacionamentos afetivos, amor e fraternidade - Vênus.


Saúde, energia, potência sexual, paixão, amor, fertilidade, força, coragem, vontade de poder; aumenta o magnetismo em um ritual; Energia dos signos de Áries e escorpião. Para a conquista do medo ou da preguiça. Quando nossa coragem precisa de uma força ou energia . Solução urgente - Marte.


(Cinza ou prata) Remove a negatividade e encoraja a estabilidade; ajuda a desenvolver as habilidades psíquicas. Atrai a energia da Grande Mãe. Vitória, meditação, poderes divinos femininos.



Poder, sucesso, idealismo, progresso, proteção, honras, quebra de má sorte, afasta o mal, adivinhação, altas manifestações psíquicas; ideal para rituais de independência, contato com entidades astrais. Energia de Netuno. Para espiritualidade, transmutação, canalização, comunicação com mestres e meditação - Urano.



(Magenta) Combinação de vermelho com violeta, esta cor oscila com alta freqüência; para rituais que necessitem de uma ação rápida ou um poder bem elevado ou uma saúde espiritual requerida; rápidas mudanças, cura espiritual e exorcismo.



Cor da terra, equilíbrio; para rituais de força material; elimina a indecisão, atrai o poder da concentração, estudo, telepatia, sucesso financeiro. Serve também para encontrar objetos que foram perdidos.


ndigo) Cor da inércia; para parar pessoas ou situações; use em um ritual que requeira um elevado estado de meditação; Neutraliza a magia lançada por alguém, quebra maledicência, mentiras ou competição indesejável. Equilíbrio do Karma. Energia de Saturno.



(Azul Royal) Promove a alegria e a jovialidade; use para atrair a energia de Júpiter ou para qualquer energia que você queira potencializar.



Cor espiritual; ajuda nas meditações de devoção e inspiração; traz paz e tranqüilidade para a casa. Irradia a energia do signo de Aquário; Sintetiza as situações.



Cor primária e espiritual para rituais que necessitem de harmonia, luz, paz, sonhos e saúde. Simboliza a verdade, inspiração, sabedoria, poder oculto, proteção, compreensão, fidelidade, harmonia doméstica e paciência. Trabalho, sucesso, compreensão, tranqüilidade e honestidade. Transparência nas relações de trabalho e negócios - Júpiter.


(Esmeralda) Importante componente num ritual Venusiano; atrai amor, fertilidade e relação social.



(Verde Escuro) Cor da ambição, cobiça, inveja e ciúme; coloca as influências destas forças num ritual.




Promove prosperidade, fertilidade, sucesso, abundância, generosidade, casamento, equilíbrio; estimula rituais para a boa sorte, dinheiro, harmonia e rejuvenescimento. Pedidos relacionados com saúde e estabilidade - Vênus.



(Cinza claro) Cor neutra, ajuda a meditação; na magia, esta cor simboliza confusão, mas também nega ou neutraliza a influência negativa.



Abre os níveis do inconsciente; usado em ritual para induzir um estado de meditação; simboliza também a negatividade a ser banida, no caso de rituais de devolução, reversão, desdobramento, anulação de forças negativas, discórdia, proteção, libertação, repelindo a magia negra e formas mentais negativas. Atrai a energia de Saturno.



Para se conectar com as energias sutis será necessário criar uma atmosfera adequada. Isto significa estar limpo fisicamente e espiritualmente, além de ter um espaço onde realiza seus rituais. Antes de começar a acender incensos e velas pela casa esteja em sintonia com seu desejo e com seu corpo físico. A respiração também é muito importante, pois libera de tensões e facilita a concentração

O ATO DE BATER CABEÇA

 


O ato de bater cabeça, talvez seja a parte da ritualística umbandista cuja simbologia esteja no inconsciente coletivo da humanidade desde o princípio dos tempos.
O ato de levar a cabeça ao solo é encontrado, praticamente, em todas as religiões e foi trazido para alguns protocolos do mundano tendo em vista que em muitas sociedades os seus soberanos eram tidos como representantes terrenos da divindade.
Seu significado pode ser interpretado como (reconhecimento da) submissão do ser humano diante da onipotência da deidade, muitas vezes representada através de fenômenos da Natureza. Ou seja, a aceitação de nossas limitações diante daquilo que não podemos controlar. Trata-se, portanto, de um sinal de respeito e de entrega.
Também pode ser entendido como representação de humildade, bem como uma forma de agradecimento (p.e., à Mãe-Terra que, através de seus mistérios, nos dá tudo o que nos sustenta e mantém).
Pode-se, então, dizer que na Umbanda bater cabeça significa respeito pela deidade, orixás, guias e entidades que são representadas tanto pelo congá ou congar, como por pontos de força ou energia (a tronqueira e os atabaques), e ainda nas figuras dos sacerdotes e sacerdotisas ou mais velhos na religião.
A ritualística pode variar de terreiro para terreiro, função de doutrina e fundamentos próprios.



pesnochao
POR QUE TIRAR OS SAPATOS NA HORA DE SE ENTRAR NO TERREIRO?Norberto Peixoto
Nós, umbandistas, consideramos o terreiro e congá, um lugar imantado, Sagrado, onde foram fixadas certas forças ou vibrações positivas, que deve estar sempre limpo de fluidos negativos e onde conservamos os pontos riscados destas mesmas forças ou ordens superiores dos Orixás, mesmo porque certos preceitos são procedidos nele para movimentação e renovação permanente do Axé - força mantenedora da corrente mediúnica.
Tudo isto objetivando "facilitarmos" a descida vibratória dos Guias espirituais e haver o intercâmbio em uma egrégora elevada, propiciatória para a ligação fluídica com os médiuns.
Assim, é de obrigação de todos tirar o calçado, visto este objeto ser "anti-higiênico", pois se pisa com ele em tudo, às vezes em detritos e putrefações, ainda por estarmos em ligação com certas encruzilhadas de rua que passamos, sabendo-se que estes locais profanos são escoadouro natural das vibrações negativas ou ondas mentais coletivas eletromagnéticas,
densas e altamente materializadas, muitas vezes alimentadas pelos nefastos despachos que alimentam os planos inferiores do astral.

*em nosso Templo, solicitamos aos consulentes que, por gentileza, tirem seu calçado ao adentrar na área do congá, até porque isso facilita o descarrego das energias negativas, uma vez que nossos pés agem como fio terra. (T.U.V.A)

grande pai.jpg

De Joelhos Sim !!!

Gero Maita

Dentro das várias ritualísticas que se desenvolvem nos terreiros de Umbanda, é comum vermos principalmente no início e término dos trabalhos espirituais o corpo mediúnico com os joelhos no chão. Alguns vêem esta postura como arcaica e sem sentido, porém nunca se deram ao trabalho de analisarem detidamente tal comportamento. É de conhecimento geral que as primeiras religiões do globo terrestre já inseriam em seus rituais o Ajoelhar , exteriorização de respeito junto ao Criador e também manifestação de humildade que todos devem ter, seja para com o Divino, seja para com o próximo. Da mesma forma, o ato de postar-se de joelho fazia e faz ver aos fiéis que assistiam ou assistem uma manifestação de religiosidade, a seriedade, o respeito e a simplicidade do sacerdote, frente ao plano espiritual superior. A implantação do ajoelhar-se tem como finalidades mostrar a Deus todo o nosso carinho, obediência, respeito e amor e o quanto somos pequeninos diante do universo criado por Ele; e para passar à assistência que aquele espaço de caridade tem a exata noção do papel que desempenha como instrumento de trabalho dos bons espíritos. Infelizmente, é do conhecimento de todos que, ao lado de criaturas humildes, simples, meigas e caridosas que estão sempre dispostas a dar seu suor à Umbanda, existem outras tantas orgulhosas, vaidosas, "auto-suficientes" , que procuram a todo custo imporem-se aos demais, maximizando suas "qualidades" e minimizando as virtudes alheias. Ostentam falsas conquistas, querendo submeter todos a seus caprichos. Contudo, nada mais doloroso e incômodo para estas pessoas do que ficar em posição de subserviência, de aparente inferioridade. Tal postura lhes sangra a alma e lhes oprime o pétreo coração. Suas visões ofuscadas não conseguem enxergar que tal rito é para seu próprio bem, para sua própria libertação dos sentimentos mesquinhos e posterior elevação espiritual, pois auxilia na quebra da vaidade e da soberba. Alguns até podem dizer que ao postar-se de joelhos, o médium pode ter em mente pensamentos diametralmente opostos àquela posição. Mas aí, meus irmãos, é que termina a tarefa dos encarnados e inicia-se o processo de assepsia e lapidação dos arrogantes e vaidosos, levados a efeito pelos amigos de Aruanda , e assim, dando luz a estas pessoas e reconduzindo- as ao rebanho Divino.

Joelhos ao chão sim !!!!

vela1.gif

ACENDER VELAS

A vela acesa dentro do terreiro tem o objetivo de movimentar ou colocar em ação a "energia ígnea", tal qual o charuto aceso, o alguidar com álcool, o carvão... A Umbanda, na sua essência e por ser mágica, trabalha com os elementos da natureza: - água, ar, terra, fogo, mineral, vegetal e mineral. A energia ígnea além de transmutar é também um condutor energético. esta energia é fundamental ao equilíbrio mental no campo da razão. A absorção dela é vital para que alcancemos um ponto de equilíbrio em todos os sentidos da Vida. Assim como cada substância tem seu ponto de equilíbrio, medido em graus Celsius ou Fahrenheit, nós também temos esse ponto. e dependendo da absorção dessa energia ígnea, tanto podemos acelerar quanto paralisar nosso racional, deixando de usar a razão e recorrer à emoção ou aos instintos. O uso religioso das velas justifica-se porque quando as acendemos, elas tanto consomem energias do prana quanto o energizam, e seus halos luminosos interpenetram as sete dimensões básicas da vida, enviando a elas suas irradiações ígneas e conseqüentemente nossos pedidos feitos.

(desconhecemos o autor)

vela2.jpg

A vela representa e com ela se está firmando os quatro elementos:

parafina= terra

liquido( parafina derretida)=água

pavio aceso= fogo

parafina evaporando=ar

vela3.jpg

Temos a representação perfeita do homem que feito destes elementos tem o corpo a alma, a aura na radiação do calor e acima de tudo a luz na cabeça sincrética representada pelo pavio, simbolismo que se usado por uma vontade poderosa tem força criadora pois a "imaginação” é, como diz o filósofo, um atributo dos deuses, pois só ela pode criar.( Abarepayê)


domingo, 11 de março de 2012

Oxum



 

Nome de um rio em Oxogbô, região da Nigéria, em Ijexá. É ele considerado a morada mítica da Orixá. Apesar de ser comum a associação entre rios e Orixás femininos da mitologia africana, Oxum é destacada como a dona da água doce e, por extensão, de todos os rios. Portanto seu elemento é a água em discreto movimento nos rios, a água semiparada das lagoas não pantanosas, pois as predominantemente lodosas são destinadas à Nanã e, principalmente as cachoeiras são de Oxum, onde costumam ser-lhe entregues as comidas rituais votivas e presentes de seus filhos-de-santo.
Oxum domina os rios e as cachoeiras, imagens cristalinas de sua influência: atrás de uma superfície aparentemente calma podem existir fortes correntes e cavernas profundas.
Oxum é conhecida por sua delicadeza. As lendas adornam-na com ricas vestes e objetos de uso pessoal Orixá feminino, onde sua imagem é quase sempre associada a maternidade, sendo comum ser invocada com a expressão "Mamãe Oxum". Gosta de usar colares, jóias, tudo relacionado à vaidade, perfumes, etc.
Filha predileta de Oxalá e Yemanjá. Nos mitos, ela foi casada com Oxossi, a quem engana, com Xangô, com ogum, de quem sofria maus tratos e xangô a salva.
Seduz Obaluaiê, que fica perdidamente apaixonado, obtendo dele, assim, que afaste a peste do reino de Xangô. Mas Oxum é considerada unanimente como uma das esposas de xangô e rival de Iansã e Obá.
Segunda mulher de Xangô, deusa do ouro (na África seu metal era o cobre), riqueza e do amor, foi rainha em Oyó, sendo a sua preferida pela jovialidade e beleza.
À Oxum pertence o ventre da mulher e ao mesmo tempo controla a fecundidade, por isso as crianças lhe pertencem. A maternidade é sua grande força, tanto que quando uma mulher tem dificuldade para engravidar, é à Oxum que se pede ajuda. Oxum é essencialmente o Orixá das mulheres, preside a menstruação, a gravidez e o parto. Desempenha importante função nos ritos de iniciação, que são a gestação e o nascimento. Orixá da maternidade, ama as crianças, protege a vida e tem funções de cura.
Oxum mostrou que a menstruação, em vez de constituir motivo de vergonha e de inferioridade nas mulheres, pelo contrário proclama a realidade do poder feminino, a possibilidade de gerar filhos.
Fecundidade e fertilidade são por extensão, abundância e fartura e num sentido mais amplo, a fertilidade irá atuar no campo das idéias, despertando a criatividade do ser humano, que possibilitará o seu desenvolvimento. Oxum é o orixá da riqueza - dona do ouro, fruto das entranhas da terra. É alegre, risonha, cheia de dengos, inteligente, mulher-menina que brinca de boneca, e mulher-sábia, generosa e compassiva, nunca se enfurecendo. Elegante, cheia de jóias, é a rainha que nada recusa, tudo dá. Tem o título de iyalodê entre os povos iorubá: aquela que comanda as mulheres na cidade, arbitra litígios e é responsável pela boa ordem na feira.
Oxum tem a ela ligado o conceito de fertilidade, e é a ela que se dirigem as mulheres que querem engravidar, sendo sua a responsabilidade de zelar tanto pelos fetos em gestação até o momento do parto, onde Iemanjá ampara a cabeça da criança e a entrega aos seus Pais e Mães de cabeça. Oxum continua ainda zelando pelas crianças recém-nascidas, até que estas aprendam a falar.
É o orixá do amor, Oxum é doçura sedutora. Todos querem obter seus favores, provar do seu mel, seu encanto e para tanto lhe agradam oferecendo perfumes e belos artefatos, tudo para satisfazer sua vaidade. Na mitologia dos orixás ela se apresenta com características específicas, que a tornam bastante popular nos cultos de origem negra e também nas manifestações artísticas sobre essa religiosidade. O orixá da beleza usa toda sua astúcia e charme extraordinário para conquistar os prazeres da vida e realizar proezas diversas. Amante da fortuna, do esplendor e do poder, Oxum não mede esforços para alcançar seus objetivos, ainda que através de atos extremos contra quem está em seu caminho. Ela lança mão de seu dom sedutor para satisfazer a ambição de ser a mais rica e a mais reverenciada. Seu maior desejo, no entanto é ser amada, o que a faz correr grandes riscos, assumindo tarefas difíceis pelo bem da coletividade. Em suas aventuras, este orixá é tanto uma brava guerreira, pronta para qualquer confronto, como a frágil e sensual ninfa amorosa. Determinação, malícia para ludibriar os inimigos, ternura para com seus queridos, Oxum é, sobretudo a deusa do amor.
O Orixá amante ataca as concorrentes, para que não roubem sua cena, pois ela deve ser a única capaz de centralizar as atenções. Na arte da sedução não pode haver ninguém superior a Oxum. No entanto ela se entrega por completo quando perdidamente apaixonada afinal o romantismo é outra marca sua. Da África tribal à sociedade urbana brasileira, a musa que dança nos terreiros de espelho em punho para refletir sua beleza estonteante é tão amada quanto à divina mãe que concede a valiosa fertilidade e se doa por seus filhos. Por todos seus atributos a belíssima Oxum não poderia ser menos admirada e amada, não por acaso a cor dela é o reluzente amarelo ouro, pois como cantou Caetano Veloso, “gente é pra brilhar”, mas Oxum é o próprio brilho em orixá.
A face de Oxum é esperada ansiosamente por sua mãe, que para engravidar leva ebó (oferenda) ao rio. E tal desespero não é o de Iemanjá ao ver sua filhinha sangrar logo após nascer. Para curá-la a mãe mobiliza Ogum, que recorre ao curandeiro Ossãe, afinal a primeira e tão querida filha de Iemanjá não podia morrer. Filha mimada, Oxum é guardada por Orumilá, que a cria.
Nanã é a matriarca velha, ranzinza, avó que já teve o poder sobre a família e o perdeu, sentindo-se relegada a um segundo plano. Iemanjá é a mulher adulta e madura, na sua plenitude. É a mãe das lendas – mas nelas, seus filhos são sempre adultos. Apesar de não ter a idade de Oxalá (sendo a segunda esposa do Orixá da criação, e a primeira é a idosa Nanã), não é jovem. É a que tenta manter o clã unido, a que arbitra desavenças entre personalidades contrastantes, é a que chora, pois os filhos adultos já saem debaixo de sua asa e correm os mundos, afastando-se da unidade familiar básica.
Para Oxum, então, foi reservado o posto da jovem mãe, da mulher que ainda tem algo de adolescente, coquete, maliciosa, ao mesmo tempo em que é cheia de paixão e busca objetivamente o prazer. Sua responsabilidade em ser mãe se restringe às crianças e bebês.Começa antes, até, na própria fecundação, na gênese do novo ser, mas não no seu desenvolvimento como adulto. Oxum também tem como um de seus domínios, a atividade sexual e a sensualidade em si, sendo considerada pelas lendas uma das figuras físicas mais belas do panteão místico Iorubano.
Sua busca de prazer implica sexo e também ausência de conflitos abertos – é dos poucos Orixás Iorubas que absolutamente não gosta da guerra.
Tudo que sai da boca dos filhos da Oxum deve ser levado em conta, pois eles têm o poder da palavra, ensinando feitiços ou revelando presságios.
Desempenha importante papel no jogo de búzios, pois à ela quem formula as perguntas que Exú responde.
No Candomblé, quando Oxum dança traz na mão uma espada e um espelho, revelando-se em sua condição de guerreira da sedução. Ela se banha no rio, penteia seus cabelos, põe suas jóias e pulseiras, tudo isso num movimento lânguido e provocante.
Características


Cor
Azul (Em algumas casas: Amarelo)
Fio de ContasCristal azul. (Em algumas casas: Amarelo)
ErvasColônia, Macaçá, Oriri, Santa Luzia, Oripepê, Pingo D’água, Agrião, Dinheiro em Penca, Manjericão Branco, Calêndula,Narciso; Vassourinha, Erva de Santa Luzia, e Jasmim (Estas últimas três não servem para banhos) (Em algumas casas: Erva Cidreira, Gengibre, Camomila, Arnica, Trevo Azedo ou grande, Chuva de Ouro, Manjericona, Erva Sta. Maria).
SímboloCoração ou cachoeira
Pontos da NaturezaCachoeira e rios (calmos)
FloresLírio, rosa amarela.
EssênciasLírio, rosa.
PedrasTopázio (amarelo e azul).
MetalOuro
SaúdeÓrgãos reprodutores (femininos), coração.
PlanetaVênus (Lua)
Dia da SemanaSábado
ElementoÁgua
ChakraUmbilical (Frontal)
SaudaçãoAi-ie-iô (ou Ora Ieiêô)
BebidaChampanhe
AnimaisPomba Rola.
ComidasOmolocum. Ipeté. Quindim (Em algumas casas: banana frita, moqueca de peixe e pirão feito com a cabeça do peixe)
Numero5
Data Comemorativa8 de dezembro
Sincretismo:Nossa Senhora Da Conceição, Nossa Senhora Da Aparecida, Nossa Senhora Da Fátima, Nossa Senhora Da Lourdes, Nossa Senhora Das Cabeças, Nossa Senhora De Nazaré.
Incompatibilidades:abacaxi, barata
Qualidades:Apará, Ijimum, Iápondá, Ifé, Abalu, Jumu, Oxogbo, Ajagura, Yeye Oga, Yeye Petu, Yeye Kare, Yeye Oke, Yeye Oloko, Yeye Merin, Yeye Àyálá, Yeye Lokun, Yeye Odo


Atribuições
Ela estimula a união matrimonial, e favorece a conquista da riqueza espiritual e a abundância material. Atua na vida dos seres estimulando em cada um os sentimentos de amor, fraternidade e união.
As Características Dos Filhos De Oxum
Os filhos de Oxum amam espelhos, jóias caras, ouro, são impecáveis no trajar e não se exibem publicamente sem primeiro cuidar da vestimenta, do cabelo e, as mulheres, da pintura.
As pessoas de Oxum são vaidosas, elegantes, sensuais, adoram perfumes, jóias caras, roupas bonitas, tudo que se relaciona com a beleza.
Talvez ninguém tenha sido tão feliz para definir a filha de Oxum como o pesquisador da religião africana, o francês Pierre Verger, que escreveu: "o arquétipo de Oxum é das mulheres graciosas e elegantes, com paixão pelas jóias, perfumes e vestimentas caras. Das mulheres que são símbolo do charme e da beleza. Voluptuosas e sensuais, porém mais reservadas que as de Iansã. Elas evitam chocar a opinião publica, á qual dão muita importância. Sob sua aparência graciosa e sedutora, escondem uma vontade muito forte e um grande desejo de ascensão social".
Os filhos de Oxum são mais discretos, pois, assim com apreciam o destaque social, temem os escândalos ou qualquer coisa que possa denegrir a imagem de inofensivos, bondosos, que constroem cautelosamente. A imagem doce, que esconde uma determinação forte e uma ambição bastante marcante.
Os filhos de Oxum têm tendência para engordar; gostam da vida social, das festas e dos prazeres em geral. Gostam de chamar a atenção do sexo oposto.
O sexo é importante para os filhos de Oxum. Eles tendem a ter uma vida sExúal intensa e significativa, mas diferente dos filhos de Iansã ou Ogum. Representam sempre o tipo que atrai e que é, sempre perseguido pelo sexo oposto. Aprecia o luxo e o conforto, é vaidoso, elegante, sensual e gosta de mudanças, podendo ser infiel. Despertam ciúmes nas mulheres e se envolvem em intrigas.
Na verdade os filhos de Oxum são narcisistas demais para gostarem muito de alguém que não eles próprios, mas sua facilidade para a doçura, sensualidade e carinho pode fazer com que pareçam os seres mais apaixonados e dedicados do mundo. São boas donas de casa e companheiras.
São muito sensíveis a qualquer emoção, calmos, tranqüilos, emotivos, normalmente têm uma facilidade muito grande para o choro.
O arquétipo psicológico associado a Oxum se aproxima da imagem que se tem de um rio, das águas que são seu elemento; aparência da calma que pode esconder correntes, buracos no fundo, grutas tudo que não é nem reto nem direto, mas pouco claro em termos de forma, cheio de meandros.
Faz parte do tipo, uma certa preguiça coquete, uma ironia persistente, porém discreta e, na aparência, apenas inconseqüente. Pode vir a ser interesseiro e indeciso, mas seu maior defeito é o ciúme. Um dos defeitos mais comuns associados à superficialidade de Oxum é compreensível como manifestação mais profunda: seus filhos tendem a ser fofoqueiros, mas não pelo mero prazer de falar e contar os segredos dos outros, mas porque essa é a única maneira de terem informações em troca.
É muito desconfiado e possuidor de grande intuição que muitas vezes é posta à serviço da astúcia, conseguindo tudo que quer com imaginação e intriga. Os filhos de Oxum preferem contornar habilmente um obstáculo a enfrentá-lo de frente. Sua atitude lembra o movimento do rio, quando a água contorna uma pedra muito grande que está em seu leito, em vez de chocar-se violentamente contra ela, por isso mesmo, são muito persistentes no que buscam, tendo objetivos fortemente delineados, chegando mesmo a ser incrivelmente teimosos e obstinados.
Entretanto, ás vezes, parecem esquecer um objetivo que antes era tão importante, não se importando mais com o mesmo. Na realidade, estará agindo por outros caminhos, utilizando outras estratégias.
Oxum é assim: bateu, levou. Não tolera o que considera injusto e adora uma pirraça. Da beleza à destreza, da fragilidade à força, com toque feminino de bondade
Cozinha ritualística


Omolocum
Feijão fradinho cozido, passado no azeite de dendê com salsa picada e camarão seco também picado ou ralado. Coloca-se em tigela de louça branca, acrescentando de ovos cozidos por cima.
Com canjica branca
Canjica branca cozida em água pura sem sal e feijão fradinho cozido em água pura sem sal. Coloca-se, numa tigela de louça branca, uma camada de canjica, uma camada de feijão fradinho e, por cima, 3 ovos cozidos cortados em rodelas.

Lendas de Oxum

Como Oxum Conseguiu Participar Das Reuniões Dos Orixás Masculinos
Logo que todos os Orixás chegaram à terra, organizavam reuniões das quais mulheres não podiam participar. Oxum, revoltada por não poder participar das reuniões e das deliberações, resolve mostrar seu poder e sua importância tornando estéreis todas as mulheres, secando as fontes, tornando assim a terra improdutiva. Olorum foi procurado pelos Orixás que lhe explicaram que tudo ia mal na terra, apesar de tudo que faziam e deliberavam nas reuniões. Olorum perguntou a eles se Oxum participava das reuniões, foi quando os Orixás lhe disseram que não. Explicou-lhes então, que sem a presença de Oxum e do seu poder sobre a fecundidade, nada iria dar certo. Os Orixás convidaram Oxum para participar de seus trabalhos e reuniões, e depois de muita insistência, Oxum resolve aceitar. Imediatamente as mulheres tornaram-se fecundas e todos os empreendimentos e projetos obtiveram resultados positivos. Oxum é chamada Iyalodê (Iyáláòde), título conferido à pessoa que ocupa o lugar mais importante entre as mulheres da cidade.
Como Oxum Criou O Candomblé
Foi de Oxum a delicada missão dada por Olorum de religar o orum (o céu) ao aiê (a terra) quando da separação destes pela displicência dos homens. Tamanho foi o aborrecimento dos orixás em não poder mais conviver com os humanos que Oxum veio ao aiê (a terra) prepará-los para receber os deuses em seus corpos. Juntou as mulheres, banhou-as com ervas, raspou e adornou suas cabeças com pena de Ecodidé (um pássaro sagrado), enfeitou seus colos com fios de contas coloridas, seus pulsos com idés (pulseiras), enfim as fez belas e prontas para receberem os orixás. E eles vieram. Dançaram e dançaram ao som dos atabaques e xequerês. Para alegria dos orixás e dos humanos estava inventado o Candomblé.
Oxum É Destemida Diante Das Dificuldades Enfrentadas Pelos Seus
  1. Ela usa sua sensualidade para salvar sua comunidade da morte. Dança com seus lenços e o mel, seduzindo Ogum até que ele volte a produzir os instrumentos para a agricultura. Assim a cidade fica livre da fome e miséria.
  2. Oxum enfrenta o perigo quando Olorum, Deus supremo, ofendido pela rebeldia dos orixás, prende a chuva no orum (Céu), deixando que a seca e a fome se abatam sobre o aiê (a Terra). Transformada em pavão, Oxum voa até o deus maior levando um ebó, para suplicar ajuda. No caminho ela não hesita em repartir os ingredientes da oferenda com o velho Oxalufã e as crianças que encontra. Mesmo tornando-se abutre pelo calor do sol, que lhe queima, enegrecendo as penas, ela alcança a casa de Olorum. E consegue seu objetivo pela comoção de Olorum.
  3. Oxalá tem seu cajado jogado ao mar e a perna ferida por Iansã. Oxum vem para ajudar o velho, curando-o e recuperando seu pertence. Ela é adorada por Oxalá.
  4. Com grande compaixão, Oxum intercede junto a Olorum para que ele ressuscite Obaluaiê, em troca do doce mel da bela orixá.
  5. E ela garante a vida alheia também ao acolher a princesa Ala, grávida, jogada ao rio por seu pai. Oxum cuida da recém-nascida, a querida Oiá.
A Riqueza De Oxum
Com suas jóias, espelhos e roupas finas, Oxum satisfaz seu gosto pelo luxo. Ambiciosa, ela é capaz de geniais estratagemas para conseguir êxito na vida. Vai à frente da casa de Oxalá e lá começa a fazer escândalo, caluniando-o aos berros, até receber dele a fortuna desejada para então se calar. E assim Oxum torna-se "senhora de tanta riqueza como nenhuma outra Yabá (Orixá feminino) jamais o fora".
Os Amores De Oxum
Oxum luta para conquistar o amor de Xangô e quando o consegue é capaz de gastar toda sua riqueza para manter seu amado.
Ela livra seu querido Oxossi do perigo e entrega-lhe riqueza e poder para que se torne Alaketu, o rei da cidade de Ketu.
Oxum provoca disputa acirrada entre dois irmãos por seu amor: Xangô e Ogum, ambos guerreiros famosos e poderosos, o tipo preferido por ela. Xangô é seu marido, mas independente disso, se um dos dois irmãos não a trata bem, o outro se sente no direito de intervir e conquistá-la. Afinal Oxum quer ser amada e todos sabem que ela deve ser tratada como uma rainha, ou seja, com roupas finas, jóias e boa comida, tudo a seu gosto. A beleza é o maior trunfo do orixá do amor. Como esposa de Xangô, ao lado de Obá e Oiá, Oxum é a preferida e está sempre atenta para manter-se a mais amada.
Como Oxum Conseguiu O Segredo Do Jogo De Búzios
Oxum queria saber o segredo do jogo de búzios que pertencia a Exú e este não queria lhe revelar. Oxum foi procurá-lo. Ao chegar perto do reino de Exú, este desconfiado perguntou-lhe o que queria por ali, que ela deveria embora e que ele não a ensinaria nada. Ela então o desafia a descobrir o que tem entre os dedos. Exú se abaixa para ver melhor e ela sopra sobre seus olhos um pó mágico que ao cair nos olhos de Exú o cega e arde muito. Exú gritava de dor e dizia;
- Eu não enxergo nada, cadê meus búzios?
Oxum fingindo preocupação, respondia:
- Búzios? Quantos são eles?
- Dezesseis, respondeu Exú, esfregando os olhos.
- Ah! Achei um, é grande!
- É Okanran, me dê ele.
- Achei outro, é menorzinho!
- É Eta-Ogundá, passa pra cá...
E assim foi até que ela soube todos os segredos do jogo de búzios, Ifá o Orixá da adivinhação, pela coragem e inteligência da Oxum, resolveu-lhe dar também o poder do jogo e dividí-lo com Exú.


Conta-nos outra lenda, que para aprender os segredos e mistérios da arte da adivinhação, Oxum, foi procurar Exú. Exú, muito matreiro, falou à Oxum que lhe ensinaria os segredos da adivinhação, mas para tanto, ficaria Oxum sobre os domínios de Exú durante sete anos, passando, lavando e arrumando a casa do mesmo, em troca ele a ensinaria.
E, assim foi feito, durante sete anos Oxum foi aprendendo a arte da adivinhação que Exú lhe ensinará e conseqüentemente, cumprindo seu acordo de ajudar nos afazeres domésticos na casa de Exú. Findando os sete anos, Oxum e Exú, tinham se apegado bastante pela convivência em comum, e Oxum resolveu ficar em companhia desse Orixá. Em um belo dia, Xangô que passava pelas propriedades de Exú, avistou aquela linda donzela que penteava seus lindos cabelos a margem de um rio e de pronto agrado, foi declarar sua grande admiração para com Oxum. Foi-se a tal ponto que Xangô, viu-se completamente apaixonado por aquela linda mulher, e perguntou se não gostaria de morar em sua companhia em seu lindo castelo na cidade de Oyó. Oxum rejeitou o convite, pois lhe fazia muito bem a companhia de Exú. Xangô então irritado e contrariado, seqüestrou Oxum e levou-a em sua companhia, aprisionando-a na masmorra de seu castelo. Exú, logo de imediato sentiu a falta de sua companheira e saiu a procurar, por todas as regiões, pelos quatro cantos do mundo sua doce pupila de anos de convivência. Chegando nas terras de Xangô, Exú foi surpreendido por um canto triste e melancólico que vinha da direção do palácio do Rei de Oyó, da mais alta torre. Lá estava Oxum, triste e a chorar por sua prisão e permanência na cidade do Rei. Exú, esperto e matreiro, procurou a ajuda de Orumilá, que de pronto agrado lhe cedeu uma poção de transformação para Oxum desvencilhar-se dos domínios de Xangô. Exú, através da magia pode fazer chegar as mãos de sua companheira a tal poção. Oxum tomou de um só gole a poção mágica e transformou-se em uma linda pomba dourada, que voou e pode então retornar em companhia de Exú para sua morada.

Para que "Bater Cabeça"?

O ato de bater cabeça, talvez seja a parte da ritualística umbandista cuja simbologia esteja no inconsciente coletivo da humanidade desde o princípio dos tempos.
O ato de levar a cabeça ao solo é encontrado, praticamente, em todas as religiões.
Podemos interpretar este ato como o reconhecimento da submissão do ser humano diante da onipotência da Divindade.

Ou seja, a aceitação de nossas limitações diante daquilo que não podemos controlar. Trata-se, portanto, de um sinal de respeito e de entrega bem como de humildade e agradecimento.
Na Umbanda bater cabeça significa respeito pelos orixás, guias e entidades que são representadas pelo congá.

Em algumas casas também se bate cabeça tanto nos pontos de força ou energia (a tronqueira e os atabaques) como para os sacerdotes, sacerdotisas ou os mais velhos na religião.

Saudação diante do Congá:


Peço Força ao nosso Pai Oxalá
Peço Benção aos Pais e Mães desta Casa
Saúdo minha coroa diante do Pai Maior
Salve!

Saudar tocando no chão.

Acreditavam os nagô que existiam nove espaços (planos) no além. Entre os quatro superiores e os quatro inferiores, havia um plano intermediário que se localizava (exatamente) no espaço ocupado por nosso planeta; esse seria o plano astral terrestre. Era através desse espaço que chegavam à Terra os orixás e ancestrais vindos dos vários outros planos.

Surgiam, pois, para os nagô, os orixás e ancestrais de dentro da Terra. Assim, quando desejam chamar os orixás, os nagôs tocavam três vezes os solo (após o nome do orixá ser pronunciado).

O solo diante dos tambores também era tocado (antes ou depois de tocarem com os dedos o próprio atabaque), afinal, quem chamava (através do som) os orixás eram os tambores.

O solo era sempre tocado três vezes; o três representa na cultura nagô ação, movimento, expansão … Tocar o solo três vezes era o gestual que significava o “assim seja”, o cumpra-se … Então quando, por exemplo, o nome de Ogum pronunciado, todos tocavam três vezes o solo; “assim seja”, “que Ogum venha até nós”…

No Brasil, os africanos, para consagrar o solo, para transformar o terreiro em uma pequena África, enterravam relíquias trazidas (da África) … tranformando (ritualmente) o solo brasileiro em solo africano (”chão” dos seus orixás).

Por que acendemos velas?


A vela acesa dentro do terreiro tem o objetivo de movimentar ou colocar em ação a “energia ígnea”, tal qual o charuto aceso, o alguidar com álcool, o carvão…

A Umbanda, na sua essência e por ser mágica, trabalha com os elementos da natureza: – água, ar, terra, fogo, mineral, vegetal e mineral.

A energia ígnea além de transmutar é também um condutor energético. Esta energia é fundamental ao equilíbrio mental no campo da razão. A absorção dela é vital para que alcancemos um ponto de equilíbrio em todos os sentidos da Vida. Assim como cada substância tem seu ponto de equilíbrio, medido em graus Celsius ou Fahrenheit, nós também temos esse ponto. e dependendo da absorção dessa energia ígnea, tanto podemos acelerar quanto paralisar nosso racional, deixando de usar a razão e recorrer à emoção ou aos instintos.

O uso religioso das velas justifica-se porque quando as acendemos, elas tanto consomem energias do prana quanto o energizam, e seus halos luminosos interpenetram as dimensões básicas da vida, enviando a elas suas irradiações ígneas e conseqüentemente nossos pedidos feitos.

* Irradiações = frequencia por onde flui as energias.

Cada Dimensão vibra numa frequencia e o fogo sendo uma energia não tem cor, mas frequência tem, por isso usamos velas coloridas que quando queimadas, queimam seu pigmento gerando uma frequencia que capta as irradiações do Alto. A vela branca, por ser a união de todas as cores irá fluir em todas as frequências.

Portanto, quando ascendemos uma vela para um guia ou orixá, estamos nos "conectando" a eles através de suas ondas vibratórias e não lhe "dando" luz.

quinta-feira, 8 de março de 2012

O PODER DAS VELAS

O PODER DAS VELAS




A vela é, com certeza, um dos símbolos mais representativos da Umbanda. Ela está presente no Gongá, nos Pontos Riscados, nas oferendas e em quase todos os trabalhos de magia.
A vela desperta nas pessoas que acreditam em sua força mágica, uma forte sensação de poder. Ela funciona como uma alavanca psíquica, despertando os poderes extra-sensoriais em estado latente.
Muitos umbandistas acendem velas para seus Guias de forma automática, num ritual mecânico, sem nenhuma concentração. É preciso muita concentração e respeito ao acender uma vela, pois a energia emitida pela mente do médium irá englobar a energia do fogo e, juntas, irão vibrar no espaço cósmico, para atender a razão da queima dessa vela.
Se uma pessoa evoca suas forças mentais, com a ajuda da magia das velas, no sentido de ajudar alguém, irá receber em troca uma energia positiva; mas, se inverter o fluxo das energias psíquicas, utilizando-as para prejudicar qualquer pessoa, o retorno será infalível e as energias de retorno serão sempre mais fortes, pois voltam acrescidas da energia de quem as recebeu.
Ao acender velas para as almas, para o anjo-da-guarda, para os pretos-velhos, caboclos, para a firmeza de pontos, Gongá, para um santo de sua preferência ou como oferenda aos Orixás, é importante que o umbandista saiba que a vela é muito mais para quem acende do que para quem está sendo acesa, tendo a mesma conotação do provérbio popular que diz: "A mão de quem dá uma flor, fica mais perfumada do que a de quem a recebe."
Não é conveniente, ao encontrar uma vela acesa no portão do cemitério, nas encruzilhadas, embaixo de uma árvore, ao lado de uma oferenda, apagá-la por brincadeira ou por outra razão. Devemos respeitar a fé das pessoas. Quem assim o cometer, deve ter em mente que poderá acarretar sérios problemas, de ordem espiritual, com sua atitude.

VELAS QUEBRADAS OU USADAS
Nos trabalhos de Umbanda existe uma grande preocupação com o uso de velas virgens ou que não estejam quebradas. A princípio pensei tratar-se de mera superstição, mas depois compreendi que a vela virgem estava isenta da magnetização de uma vela usada anteriormente, evitando assim um choque de energias, que geralmente anula o efeito do trabalho de magia. Somente no caso da vela quebrada encontrei um componente supersticioso: psicologicamente a pessoa acredita que um trabalho perfeito precisa de instrumentos perfeitos

FÓSFORO OU ISQUEIRO
Em muitos Terreiros existe uma recomendação para só se acenderem velas com palitos de fósforos, evitando acendê-las com isqueiro ou em outra vela acesa.
Normalmente os Terreiros fazem uso de pólvora, chamada de fundanga, nos trabalhos de descarrego. O enxofre que a pólvora contém também está presente nos palitos de fósforo. Ao entrar em combustão, a chama repentina, dentro de um ambiente místico, provoca uma reação psicológica muito eficiente, além de alterar momentaneamente a atmosfera ao seu redor, devido à sua composição química em contato com o ar. A mente do médium capta essas vibrações que funcionam como um comando mental, autorizando-a a aumentar seu próprio campo vibratório, promovendo, desta forma, uma limpeza psíquica no ambiente. Não é a pólvora que faz a limpeza, mas a mente do médium, se ele conseguir ativá-la para este fim.

VELA DE SETE DIAS
Na Umbanda alguns médiuns ficam em dúvida sobre se a vela de sete dias tem a mesma eficiência de sete velas normais. Sabemos, de acordo com a Psicologia, que um comportamento pode ser modificado através do reforço. No fato de se acender uma vela, isoladamente, não há nenhum tipo de reforço que se baseie na repetição. Assim, ao acender uma vela durante sete dias, as pessoas são reforçadas diariamente em sua fé, e, repetindo os pedidos, dentro desse ritual de magia, ficam realmente com maiores probabilidades de despertar a própria mente e alcançar os seus propósitos. Na prática, constatamos que dificilmente uma vela de sete dias queima durante todo esse tempo.


Lembretes:
Não recomendamos, aos Umbandistas, fazerem velas com restos de outras velas.
Os restos de velas estão impregnados das energias mentais de quem as acendeu. Aproveitar esses restos é o mesmo que querer aproveitar os restos dessas energias; como não sabemos com qual intenção as velas foram acesas, haverá fatalmente um choque entre diversas energias.

Se precisar apagar a vela que esteja sendo usada ritualisticamente, JAMAIS o faça soprando a vela. Velas de ritual só podem ser apagadas com abafador ou com os dedos, jamais sopre essas velas.

Amados Irmãos de Umbanda, chegaremos em um momento na Umbanda, em que o Homem deverá estar plenamente consciente de que sua força mental é a sua grande aliada e nunca a sua inimiga. Deverá libertar-se gradativamente dos valores exteriores criados por sua mente e valorizar-se mais. Seu grande desafio é superar a si mesmo. Em vez de acender uma vela, deverá acender sua chama interior e tornar-se um iluminado, e, com o brilho dessa chama sagrada, mostrar o caminho aos seus irmãos.

domingo, 4 de março de 2012

ORIGEM DA PALAVRA UMBANDA

Existem algumas versões que são um tanto controversas sobre a origem da Palavra Umbanda.
Conheça algumas delas:





Origem 1




Na África em terras bantas, muito antes de chegada do branco, já existia o culto aos ancestrais (chamados depois no Brasil "guias"). Também era conhecida a palavra "mbanda" (umbanda) significando "a arte de curar" ou "o culto pelo qual o sacerdote curava", sendo que mbanda quer dizer "O Além - onde moram os espíritos". Os sacerdotes da umbanda eram conhecidos como "kimbandas" (ki-mbanda = comunicador com o Além).


Origem 2


A palavra Umbanda é um vocábulo sagrado da língua Abanheenga, que era falada pelos integrantes do tronco Tupy. Diferentemente do que alguns acreditam, este termo não foi trazido da África pelos escravos. Na verdade, encontram-se registros de sua utilização apenas depois de 1934, entre os cultos de origem afro-ameríndia. Antes disto, somente alguns radicais eram reconhecidos na Ásia e África, porém sem a conotação de um Sistema de Conhecimento baseado na apreensão sintética da Filosofia, da Ciência, da Arte e da Religião.




0termo Umbanda, considerado a "Palavra Perdida" de Agartha, foi revelado por Espíritos integrantes da Confraria dos Espíritos Ancestrais. Estes espíritos são Seres que há muito não encarnam por terem atingido um alto grau de evolução, mas dignam-se em baixar nos templos de Umbanda para trazer a Luz do Conhecimento, em nome de Oxalá - O Cristo Jesus. Utilizam-se da mediunidade de encarnados previamente comprometidos em servir de veículos para sua manifestação.


Os radicais que compõem o mote UMBANDA são, respectivamente: AUM - BAN - DAN. Sua tradução pode ser comprovada através do alfabeto Adâmico ou Vattânico revelado ao Ocidente pelo Marquês Alexandre Saint-Yves d'Alveydre, na sua obra "O ARQUEÔMETRO".




AUM significa "A DIVINDADE SUPREMA"




BAN significa "CONJUNTO OU SISTEMA"




DAN significa "REGRA OU LEI"




A UNIÃO destes princípios radicais, ou AUMBANDAN, significa "O CONJUNTO DAS LEIS DIVINAS"

PEQUENO DICIONÁRIO DO UMBANDISTA


PEQUENO DICIONÁRIO DO UMBANDISTA



A


Abaré: Médium já desenvolvido.

Abaré-Guassu: Grande trabalho.

Abaré-Mirim: Médium em início de desenvolvimento.

Alguidar: Vasilha de barro onde se coloca comida votiva.

Aldeia: Terreiro; Templo; É o conjunto de pessoas nele contida (caboclo).

Amassi ou Amaci:
Líquido preparado de folhas sagradas, maceradas em água, deixando repousar durante sete dias. É destinado a banhar a cabeça dos médiuns. As folhas são do orixá chefe do templo e as de Ossain.

Amarrado: Estado do indivíduo atingido por vibrações maléficas, que prejudicam sua vida, seus negócios.

Amuleto: Objeto com finalidade protetora (poder passivo), que se traz pendurado ao pescoço, consigo na roupa, guardado no bolso, na bolsa ou em casa. Considera-se que tenha o poder de afastar os maus fluídos que trazem doenças, má sorte, morte, etc. Pode ser medalha, figura, inscrição ou objetos, dentro de um saquinho ou qualquer objeto “preparado”, para defesa, de qualquer material: pedra, marfim, madeira, metal, pano, etc.

Aparelho: Designa a pessoa que serve de suporte para a “descida” do orixá ou da entidade do médium.

Aruanda:
Céu; lugar onde mora os orixás e as entidades superiores.

Ajeum: Nome dado para as comidas votivas servidas dentro do terreiro.



B



Babá: Termo que entra em grande número de palavras, com diferentes significados. No sentido de pai, compõe o nome de diferentes sacerdotes: Babalorixá; Babaojê; Babalaô; Babalossain; etc. Chefe feminino nos templos de umbanda; títulos de Orixá nos candomblés.

Babalorixá: Chefe masculino de terreiro; Sacerdote de candomblé; ou de umbanda (a umbanda também o usa = Babalaô). Denominado popularmente “pai-de-santo”, dirige tanto o corpo administrativo como o sacerdotal. Substitui o Axogum; pode colher as ervas sagradas. Orienta a vida espiritual da comunidade religiosa.

Baixar: possuir por parte do orixá ou entidade, o corpo de um filho ou filha de santo.

Banda: Lugar de origem de entidade.

Breve: Espécie de patuá; pequeno envelope de pano ou couro, contendo uma oração ou imagem de santo. Usado como proteção.

Burro: Termo usado pelos exus incorporados para designar o médium.



C



Cabeça Maior: Pessoa de alta hierarquia no templo.

Cabeça de Legião: Exus batizados e que controlam os mais atrasados.

Calunga Grande: Mar; oceano.

Calunga Pequena: Cemitério.

Capangueiro: Termo usado no sentido de companheiro.

Caricó: Templo, Terreiro.

Carregado: Pessoa que está com má vibrações espirituais, o que é demonstrado por mal-estar, medo sem causa, etc.

Caruruto: Charuto.

Casa das Almas: Pequeno cômodo com velas, cruzes. Alguns templos colocam a imagem de Obaluaiê.

Casa Limpa: Templo livre de más influências e de demandas.

Catimbozeiro: Termo para chefe de catimbó, no sentido de feiticeiro terrível.

Cavalo: Pessoa que serve de suporte para os orixás ou entidades. É o médium.

Cera dos Três Reinos: 1: Carnaúba; 2: Abelha; 3: Parafina. São empregadas para trabalhos de umbanda. 1: Reino Vegetal; 2: Reino Animal; 3 Reino Mineral.

Chefe de Cabeça: Entidade guia protetora do médium. Chefe de Falange: entidade espiritual muito evoluída. Já livre de reencarnação. Que serve como guia a um conjunto de espíritos também adiantados e vibrantes em uma mesma corrente espiritual.

Chefe de Terreiro: O mesmo que dirigente espiritual.

Chefe de Legião: Entidade de grande evolução espiritual, que “descem” nos terreiros representando orixás, dentro de suas linhas ou correntes vibratórias.

Choque de Retorno: Ação de voltarem as más vibrações de um feitiço. Atingindo quem o fez ou encomendou.

Coité: Fruto do coitezeiro – seco ou partido com o meio pintado por dentro e por fora (cuia). Alguns usam coco, outros cabaça.

Compadre: Designação para Exu.

Consulta: Cerimônia dos clientes para resolver seus problemas.

Cazuá: Terreiro, Templo, Local.



D



Dar Firmeza ao Terreiro: Riscar ponto na porteira, sob o altar, defumar, cantar pontos, etc. São feitas antes de uma sessão, para afastar ou impedir a entrada de más influências espirituais.

Dar Passagem: Ato do orixá ou guia deixar o médium para que outra entidade nele se incorpore.

Dar passes: Até da entidade, através do médium incorporado, emitir vibrações que anulem as más influências sofridas pelos clientes, através de feitiço, olho gordo, inveja, etc. E que abrem os caminhos.

Demanda: Desentendimento, lutas entre orixás ou entidades, entre terreiros, entre pessoas de um terreiro.

Descarga: Ação de afastar do corpo de alguém ou de um ambiente, vibrações negativas ou maléficas por meio de banhos, passes, defumação, queima ou pólvora.

Descarregar: Livrar alguém de vibrações maléficas ou negativas.

Descer: Ato de orixá ou entidade incorporar.

Desencarnar: Ato do espírito da pessoa deixar o corpo – morrer.

Desenvolvimento: Aprendizado dos iniciados para melhoria de sua capacidade mediúnica; com a finalidade de incorporação de entidades. Não cair no chão, controlar o transe, etc.

Despachar: Colocar, arriar em local determinado pelos orixás ou entidades – guias, os restos de oferendas.

Despachar Exu: Enviar exu por meio de oferendas (de bebidas, comidas, cânticos e sacrifício animal), para impedir de perturbar a cerimônia.

Despacho: Oferenda feita a exu com a finalidade de enviá-lo como mensageiro aos orixás e de conseguir sua boa vontade, para que a cerimônia a ser feita, não seja perturbada. Oferta feita por terreiros de Quimbanda com a finalidade de pedir o mal para alguém, geralmente colocado em encruzilhada. Oferenda a exu com finalidade de desfazer trabalhos maléficos. Colocação no mato, nos rios, etc. das oferendas votivas trocadas no templo por outras novas.



E



Encarnação: Ato de vir um espírito à vida terrestre, tomando um corpo, ou voltar num corpo novo e continuar sua evolução espiritual.

Encosto: Espírito de pessoas mortas. Que se junta a uma pessoa viva, conscientemente ou não, prejudicando-a com suas vibrações negativas.

Encruza: Ritual realizado pelo dirigente espiritual antes do início das sessões e que consiste em traçar cruzes com pemba na testa, nunca no peito.

Encruza: Local onde habitam os exus; é o cruzamento dos caminhos, vias férreas, ruas, etc.

Engira: O mesmo que gira – trabalho – sessão.

Entidades: Seres espirituais na umbanda.

Escora: Pessoa que suporta os ataques de espíritos obsessores sem ser prejudicada.

Espírito de Luz: Espírito muito desenvolvido, é superior, é puro.

Espírito sem Luz: Espírito inferior, pouco evoluído, apegado ainda à matéria.

Espíritos Obsessores: Espíritos sem nenhum desenvolvimento espiritual, que se apossam das pessoas, fazendo-as sentirem doentes, prejudicando-as em todos os sentidos.



F



Falange: O mesmo que legião, conjunto de seres espirituais que trabalham dentro de uma mesma corrente (linha). Subdivisão das linhas de umbanda, cada uma com suas funções definidas e dirigidas por um “chefe” – espírito superior.

Fechar a Gira: Encerrar uma sessão ou uma cerimônia em que tenha havido formação de corrente vibratória.

Fechar a Tronqueira: Fechar o terreiro às más vibrações dos quiumbas, por meio de defumação e aspersão de aguardente nos quatro cantos do local onde se realizará o culto.

Feitiço: Irradiação de forças negativas, maléficas contra alguém, despacho, objeto que contém vibrações maléficas
para atingir a quem tocar.
(Outra definição: Feitiço é você trabalhar em prol de um objetivo com elementos que alteram sua consciência e que te dão referências de que aquilo que você está fazendo vai dar certo. É claro que uma simples reza à luz de vela pode também ser considerada um feitiço. Não importa o que você usa, e sim como você usa o que você tem no momento. Objetos materiais são simples referências para dizer "estou fazendo um feitiço". Mas o que faz funcioná-lo é o modo como você trabalha a sua mente (é por isso que os grandes milagres na igreja acontecem. Orações e novenas, causam efeito porque a mente está em um trabalho contínuo em prol de um objetivo). Ter fé no que você faz é manter um pensamento positivo a acreditar em seus potencias.Copyright © 2001 Aengus Mac ind Óg).

Filho de Fé: Designação do médium iniciante ou não.

Firmar: Concentrar-se para a incorporação.

Firmar Porteira: Riscar a entrada do templo, um ponto especial para protegê-lo de más influências ou fazer defumação na entrada, firmar = dar segurança.

Firmar Anjo da Guarda: Fortalecer por meio de rituais especiais e oferendas de comida votivas e orixá patrono do médium.

Firmar Ponto: Cantar coletivamente o ponto (cântico) determinado pela entidade que vai dirigir os trabalhos para conseguir uma concentração da corrente espiritual.

Firmeza: O mesmo que segurança, conjunto de objetos com força mística (axé); que enterrados no chão protegem um terreiro e constituem sua base espiritual.

Fluídos: Emanações positivas ou negativas, das forças cósmicas que podem ser manejadas por agentes espirituais para o bem ou para o mal.

Força Espiritual: Poderes e conhecimento que um médium tem quando em transe e quando as entidades que o protege têm. Grande poder, são fortes e importante no mundo astral.

Fundamentos: Leis de umbanda, suas crenças.

Fundanga: Pólvora.

G



Gira: Sessão religiosa, com cânticos e danças para cultuar as entidades espirituais.

Gira de Caboclo: Sessão religiosa, o mesmo que gira; só que voltada única e exclusivamente para a linha de caboclo.

Guia: Colar ritualístico especial para cada entidade. Entidade espiritual, espírito superior. Alguns são o guia protetor do templo, outros do médium. Geralmente o guia do terreiro incorpora no dirigente espiritual do templo.

Guia de Cabeça: Orixá ou entidade principal do médium, seu protetor.

Guia de frente: O mesmo que guia de cabeça.



H



Homem das Encruzilhadas: Exu.

Homem de Rua:
Exu.



I



Incorporação: Transe, possessão mediúnica.

Incorporar: Entrar em transe “receber” a entidade.



L



Legião: Exercício de seres espirituais, o mesmo que falange. Conjunto de seres espirituais de grande evolução, conjunto de espíritos elementares (exus) em evolução.

Lei da Umbanda: A crença da umbanda e seus rituais.

Linha: Faixa de vibração, dentro da corrente vibratória espiritual. Um orixá também chamado protetor e que é chefe dos seres que vibram e atuam nessa faixa. Conjunto de falanges e que se subdivide uma faixa vibratória. Conjunto de representações (corporal, dança, cores, símbolos) e rituais (comidas, bebidas, dia da semana), etc.; de cada orixá ou entidade. Conjunto de cerimônias rituais de determinado tipo. Ex. linha de umbanda, linha branca, etc.

Linha Branca: Ritual visando unicamente o bem.

Linha Cruzada: Ritual com influência de duas ou mais procedências.

Linha das Almas: Corrente vibratória que congrega os espíritos evoluídos de antigos escravos africanos.

Linha de Cura: Ritual que se ocupa mais com a cura física e espiritual do adepto, do que com o culto às divindades.

Linha do Oriente: Congrega espíritos que viveram em povos do oriente.



M



Macaia: Folhas sagradas. Local das matas onde se reúnem os terreiros.

Macumba: Antigo instrumento musical usado outrora nos terreiros afro-brasileiros. Nome que os leigos usam para denegrir a umbanda. Nome que os leigos usam para designar “despacho” de rua (pejorativo).

Madrinha: O mesmo que dirigente espiritual, Mãe de Santo, Babá sacerdotisa. Termo utilizado na Umbanda para designar à Entidade Espiritual e/ou Médium que foi escolhido por um Filho de Fé para batizá-lo.

Mandinga: Feitiço, encantamento, também praga rogada em voz alta.

Manifestação: Incorporação, transe mediúnico.

Manifestar: Ato do ser espiritual incorporar-se em alguém, tomar conta do corpo de alguém.

Marafo: Aguardente, termo muito usado pelos exus.

Matéria: Corpo, Parte material do homem, a mais afastada da pureza espiritual.

Médium: Pessoa que tem a Faculdade Especial de servir de intermediário entre o mundo físico e espiritual. Termo do espiritismo, adotado pela umbanda.

Mesa Branca: Denominação dada as sessões de espiritismo Kardecistas.

Mironga: Segredo, mistério.

O



Orixá Cruzado: Entidade pertencente às duas linhas.

Orixá de Cabeça: Orixá principal do médium.

Orixá de Frente: O mesmo que orixá de cabeça.



P


Padrinho: dirigente espiritual, chefe de terreiro. Pai de Santo. Babalorixá. Termo utilizado na Umbanda para designar à Entidade Espiritual e/ou Médium que foi escolhido por um Filho de Fé para batizá-lo.

Parati: Aguardente (Exu, Zé Pilintra).

Patuá: Amuleto que se leva pendurado ao pescoço ou pregado na roupa. Antigamente eram saquinhos de couro ou de pano, com boca amarrada com cordão metálico, junto a uma conta de vidro da cor da divindade protetora. Atualmente são de forma quadrada ou retangular, em couro natural ou sintético, mas cores rituais, contendo Figas de Guiné, Búzio, Estrela de Salomão, etc; ou pedaços de ervas as vezes orações. PA =erradicar doenças, antídoto, TU = propiciar, WA = viver, existir (viver, sem doenças).

Perna de Calça: Significado homem na linguagem de exu e pretos velhos.

Pito: Cachimbo (pretos-velhos).

Ponteiro: Pequeno punhal utilizado em magias e diversos rituais.

Ponto Cantado: Letra e melodia de cântico sagrado, diferente para cada entidade. É uma prece evocativa cantada que tem por finalidade atrair as entidades espirituais, homenageá-las. Quando chegam e despedi-las quando devem partir. Assim os pontos podem ser apenas de louvor ou cantados com finalidades rituais durante determinadas cerimônias.

Ponto de Abertura: Cântico de abertura de uma sessão.

Ponto de Chamada: Cântico que invoca as entidades para virem aos templos.

Ponto de Defumação: Cantado enquanto é feita a defumação do ambiente e dos presentes.

Ponto Riscado: Desenho formado por um conjunto de sinais cabalísticos, que riscado com pemba ajuda a chamar a entidade ao mundo terreno. Quando riscado pelo médium incorporado identifica a entidade.


Porteira: Entrada do templo.

Povo da Encruza: Exus.

Povo de Rua: Exus.

Preceito: Determinação. Prescrição feita para ser cumprida pelos fiéis.

Puxar o Ponto: Iniciar um cântico. É geralmente feito por um ogã.



Q



Quartinha: Vasilha de barro. Com alças é para feminino, sem abas orixá masculino.

Quebrar as Forças: Neutralizar o poder de qualquer feitiço, seja para o bem ou para o mal.

Quimbanda: Linha ritual da umbanda que pratica a magia negra. Essa linha é assim chamada pelos umbandistas da “Linha Branca” pois os praticantes se dizem apenas umbandistas. A Quimbanda, influenciada mais diretamente pelos negros Bantus, Angolas, Cambindas, Benguelas, Congos, Moçambiques, etc. Cultua os mesmos orixás e entidades que a umbanda “branca” mas trabalha principalmente com exus que são considerados espíritos desencarnados. Havendo entre eles os exus em evolução e os quiumbas, mediante encomenda, realizam ou desmancham feitiços. Visando favorecer ou prejudicar determinadas pessoas, geralmente os terreiros de quimbanda chamada macumba para os leigos tem as mesmas características dos da linha de umbanda. Há congas com imagens de santos católicos representativos de orixás, imagens de caboclos e de pretos velhos tendo os exus (ou o exu chefe do terreiro) altar à parte, dentro do salão. As giras de exu são freqüentes na linha da umbanda são raras. Realizadas a partir da meia noite de 6a. feira. Exus e pombas giras danças, fumam charutos ou cigarrilhas, bebem marafo, dizem gentilezas ou palavrões aos assistentes e dão consultas, sobre saúde ou problemas pessoais. A cortina do conga fica fechada. A quimbanda cultua muito Omolu, orixá ligado a terra e à morte. No cemitério é feita uma parte da iniciação de muitos quimbandeiros, devendo o iniciado, deitar algumas horas sobre um túmulo entre velas e cantigas do dirigente e iniciados do terreiro, tendo de cumprir antes e depois diversas obrigações, as roupas em geral são as mesmas da linha da umbanda, havendo porém muito uso do vermelho e preto, cores de Exu e de Omolu. São muitos usados em trabalho com pólvora, pós e ervas mágicas, galos e galinhas pretas. Os despachos são colocados em encruzilhadas em cruz (machos), ou em T (fêmea) com velas, flores e fitas vermelhas em alguidares. Não sendo negativos todos os despachos de rua. Há caboclos e pretos velhos que incorporam na quimbanda, dando consultas em giras separadas dos Exus.

Quiumbas: Espíritos atrasadíssimos. São obsessores apossam-se dos humanos ou “encostam-se” neles, dando-lhes idéias obsedantes de doença, males suicídios, etc. São ainda mistificadores, fazendo-se passar por espíritos mais elevados. Chamados também “rabos de encruza”, estão no sétimo e último plano da hierarquia espiritual sendo vigiados e controlados pelos exus.



R



Rabo de Saia: Mulher na linguagem dos pretos velhos e exus. Receber: Dar informação a entidade espiritual, entrar em transe.

Receber Irradiação do Guia: Entrar em meio transe ou comunicar-se de algum modo com uma entidade superior.

Riscar Ponto: Fazer desenhos de sinais cabalísticos que representam determinadas entidades espirituais e que possuem poderes de chamamento das mesmas ou lhe servem de identificação.



S



Sessão de Umbanda: Cerimônia, rituais geralmente com a finalidade de cura física e espiritual. Por meio de guias, após dança e toques, com o uso do ponto cantado e riscado, pólvora, aguardente, defumações. Também sessão de desenvolvimento, de aprendizado e aperfeiçoamento dos médiuns, sessões festivas, públicas, com toque de atabaque e danças.



T



Tomar Passe: Receber das Mãos dos médiuns em transe vibrações da entidade, as quais retiram do corpo da pessoa os males provocados por vibrações negativas, provenientes de mau olhado, encosto, castigo das entidades, etc. Tuia: Pólvora.